O exame físico do idoso apresenta peculiaridades que o distingue das pessoas mais jovens. Portanto, nesse artigo, vamos destacar algumas das principais alterações observadas nos aparelhos digestivo e urológico e membros inferiores. Em breve apresentaremos as alterações do sistema nervoso central.
-
Peculiaridades do exame físico do idoso – Abdômen
Na palpação abdominal do idoso há uma maior probabilidade de se detectar massas pulsáteis devido a aneurisma da aorta e a presença de fezes.
O abdômen agudo em idosos pode advir sem rigidez intensa da parede abdominal, sendo até mais comum o aparecimento de distensão abdominal. Essa alteração pode ser atribuída à fraqueza da parede abdominal e à distensão de alças intestinais verificadas na peritonite.
O fígado em idosos pode ser palpável devido a anormalidades da caixa torácica e não ser indicativo de insuficiência cardíaca direita ou de hepatopatias.
-
Peculiaridades do exame físico do idoso – Exame urológico
Pode ocorrer atrofia fisiológica dos testículos com o avançar dos anos, no entanto, causas clássicas de atrofia testicular devem ser descartadas.
-
Peculiaridades do exame físico do idoso – Membros inferiores
-
Edema:
Em idosos a causa mais frequente de edema de membros inferiores (MMII) é a imobilidade, agravada pela precariedade na drenagem venosa.
Comumente o edema de MMII é atribuído de maneira incorreta à insuficiência cardíaca nessa faixa etária. Sabe-se que mesmo quando o edema de membros inferiores é devido a uma causa cardíaca, nos estágios iniciais da insuficiência cardíaca este é geralmente intermitente, de modo que nem sempre é detectado ao exame físico.
O edema de membro inferior não constitui, assim, sinal confiável de insuficiência cardíaca nos idosos.
-
Atrofia do quadríceps:
Usualmente secundária a imobilidade prolongada, desnutrição ou osteoartrose dos joelhos e coxofemorais.
-
Alterações ungueais:
A onicogrifose representa o espessamento e deformidade acentuada da unha do hálux, indicativo de negligência física e social.
Leia um conteúdo similar a este que aborda as principais alterações observadas na região da Cabeça e Pescoço.
Confira em breve o próximo artigo sobre as alterações observadas no sistema nervoso central.